Autor: Pr. Dorival L. Seidel
Estamos mais uma vez na linda época do Advento e do Natal. Esta época será santa em nosso coração, no nosso lar, na nossa igreja, se Jesus Cristo estará no centro de tudo. Ele é a pessoa mais notável de todos os tempos. O maior líder. O maior mestre. Trouxe os maiores benefícios para a humanidade. Viveu de forma mais exemplar e santa possível. Ele quer ser Salvador e Senhor da sua vida.
Muitos cristãos hoje estão procurando por um Salvador sem compromissos. Querem libertação sem obrigações. Podem professar o nome de cristãos mas acabam com um Salvador à sua própria moda. Embora seja verdade que um anjo orientou José a dar a essa criança-milagre o nome de Jesus, porque Ele salvaria o Seu povo dos pecados deles (Mt 1:21), um anjo também anunciou aos pastores nas colinas próximas a Belém: “Hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc. 2:11). Deus, o Pai, nos apresenta o seu Filho, para ser o nosso Salvador e Senhor.
Existem mais textos no Novo Testamento referindo-se a Jesus como Senhor do que como Salvador. É impossível receber a Jesus como Salvador e rejeitá-Lo como Senhor. O apóstolo Pedro se refere a Jesus como “nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (II Pd 1:11), e o apóstolo Paulo nos encoraja a procurar “o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp. 3:20). Nós podemos nos perguntar, Jesus Cristo, já é o meu Salvador e também Senhor?? Ele é o rei dos Reis, o Senhor dos senhores, mas somente se tornará o meu Senhor quando o seguir absolutamente e lhe obedecer de verdade.
Quando Saulo percebeu que estava se encontrando com o Cristo ressuscitado, a primeira coisa que disse não foi: “Senhor, o que queres que eu creia?” ou “Senhor, o que queres que eu diga?”, mas foi: “Senhor, o que queres que eu faça?” Ao chamar Jesus de Senhor, Saulo reconheceu que, por ser Jesus quem Ele era, precisava ser obedecido. E quando o Senhor disse: “Levanta-te e entra na cidade”, Saulo se levantou e foi. Vemos a mesma resposta de Ananias. No começo, ele discutiu com o Senhor Jesus Cristo, questionando Seu julgamento. Mas quando o Senhor lhe disse: “Dispõe-te, e vai”, Ananias foi. A mensagem é clara: Quando confessamos a Jesus Cristo como Senhor, reconhecemos Sua autoridade absoluta sobre nossa vida. Quando a salvação é vista como programa de homem, é deixado para o homem escolher se deixará Deus fazer isso ou aquilo, mas quando é vista como ação de Deus, há uma confiança e uma certeza que ninguém a quem Deus regenera será chamado de “cristão carnal”. Lutero disse, “Se as obras e o amor não florescerem, não é fé genuína, o evangelho ainda não ganhou posição segura, e Cristo não é ainda corretamente conhecido”. Novamente, se temos Cristo, temos Sua santidade imputada (justificação) como também Sua santidade transmitida (santificação). Sem o sentido de uma, não pode haver sentido da outra.
Em Jesus, Deus restitui à nossa alma a alegria do estado de inocência em que nascemos, perdoando e banindo as nossas culpas. Em Jesus, Deus vem a nós e sopra de novo o alento do Espírito dentro de nós, restituindo-nos o dom da vida eterna. Em Jesus, temos mais do que a paz com Deus, temos o próprio Deus de paz presente conosco. A paz do céu anunciada na terra, a todos os seres humanos a quem ele quer bem. Em Jesus, Deus revela o seu amor. Não apenas de palavras e de promessas, mas em ação. O amor que se dá a si mesmo para resgatar do abismo do pecado as ovelhas que gemem debaixo da opressão. Em Jesus, Deus dá o céu aos homens da terra e a glória aos que se sentiam nas trevas, na sombra da morte.
Se Jesus Cristo não teria vindo, não haveria perdão, paz, motivo para viver, caminho, cor…, mas Ele veio como Salvador, e quem O segue assume Seu senhorio. Jesus também voltará!! “ Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado ao céu, voltará da mesma forma como o viram subir” At. 1.11b. E nele a gente pode confiar!!!
FELIZ NATAL
E ABENÇOADO ANO NOVO.
Pr. Dorival L. Seidel
Presidente da IECB