Autor: Pr. Ivo L. Köhn
A lua de mel é o período de celebração privada que sucede ao casamento, por parte do marido e da esposa. Há diversas versões sobre como se originou a lua-de-mel. Uma delas é de que na Roma Antiga o povo espalhava gotas de mel na soleira da casa dos recém-casados. Outra ainda de Roma diz que após o casamento o homem tinha que levar a noiva para um lugar onde o pai dela não pudesse encontrá-los. O casal tinha que ficar escondido durante quatro luas, ou seja, por cerca de um mês. Durante o “refúgio” o casal tinha que beber uma mistura afrodisíaca feita com mel e era essa bebida que faria a mulher se entregar ao marido pela primeira vez.Uma terceira versão afirma que entre os povos germânicos era costume casar na lua nova e os noivos levavam uma mistura de água e mel, denominada hidromel, para beber ao luar. A versão mais antiga remonta a dois mil anos antes de Cristo e vem da Babilônia onde o pai da noiva oferecia ao genro hidromel, para ser consumida nos 30 dias imediatos ao casamento, quando os noivos comemoravam só entre eles, a união matrimonial. Na época, a contagem dos dias era feita pelo calendário lunar, razão pela qual esse período de comemoração ficou conhecido como “lua-de-mel”.
Falando então em linguagem atual chamamos de lua-de-mel o primeiro tempo após o casamento, o período em que o casal deveria se conhecer fisicamente (hoje em grande parte dos casamentos isso lamentavelmente já ocorreu antes) e iniciar a fase de adaptação, de entrosamento. Os que têm condições financeiras fazem viagens para lugares românticos, o que não deixa de ser muito bom. Quem não puder fazer tal viagem não significa que não terá lua-de-mel. Essa pode acontecer num lugar financeiramente acessível ou então na sua própria casa, desde que o casal reserve um período de tempo de privacidade para si com os propósitos acima mencionados. O que não é recomendável é que o casal case e fique logo morando com os pais ou os sogros, mas que tenha seu cantinho, seu ninho de amor. Isso é fundamental para uma lua-de-mel proveitosa e inesquecível.
Não existe limite de tempo para a duração da lua-de-mel. Se alguém viajar, será de acordo com suas disponibilidades financeiras; se alguém não puder viajar, que peça licença do trabalho ao menos até duas semanas. Depois é preciso retornar ao trabalho, pois ninguém vive apenas de vento e amor. As experiências desses dias ficarão gravadas na memória do casal e serão lembradas no futuro como momentos preciosos para fortalecer os laços de sua união.
Na verdade, um casal bem ajustado, estará vivendo em lua-de-mel eterna. Quando o verdadeiro amor, segundo 1 Co 13 reinar e prevalecer no casamento, o inverso do amor não terá espaço. O casal casado precisa continuar namorando! Maridos descubram uma oportunidade de galantear sua esposa. Façam como aquele que estava numa janela, à noite, e de repente uma nuvem cobriu a lua. A mulher fez a pergunta ingênua: “Querido, por que foi que a lua se escondeu?” E, ele, muito galante, respondeu logo: “Querida, a lua viu você aqui, achou que sua beleza é superior à dela, ficou com vergonha e se escondeu…”. Agora aquele casal, passado um ano, estava de volta à mesma janela e contemplava a mesma cena. Ela lembrando aquela vez, logo imaginou que seria o momento de tornar a ouvir um elogio, e quando uma nuvem encobriu a lua, ela fez a mesma pergunta: “Querido, por que foi que a lua se escondeu?” E ele: “É porque vai chover sua boba!” Você deve permanecer no primeiro amor, ouviu? Todo casamento precisa ser uma casa solidamente edificada sobre a rocha, capaz de permanecer em pé ainda que haja “chuva no telhado, rio nos alicerces, vento nas paredes.” Depois da lua-de-mel o recém casado pergunta à esposa: “Querida, você se importa se eu lhe falar sobre alguns defeitinhos seus?” “De modo nenhum,” respondeu a jovem esposa, “foram esses defeitinhos que me impediram de conseguir um marido melhor, querido”. O que aprendemos? Não devo tentar mudar o meu cônjuge, mas sim, amá-lo e aceitá-lo.
A nossa relação com Cristo também deve ser uma lua-de-mel eterna. O amor que nos une deve crescer a cada dia e contamos com a promessa de que nada nos separará do amor de Deus em Cristo Jesus (Rm 8.39). O Senhor nos deixou a parábola das virgens esperando pela vinda do noivo. Estas tipificam os cristãos de todos os tempos. As demonstrações diárias do amor e da bondade de nosso Senhor para conosco devem atrair-nos mais a Ele e aumentar nosso amor e nossa dedicação a Ele. Só assim poderemos tomar para nós a veracidade das palavras de Ap. 2.10: “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida”.
Pastor Ivo Lídio Köh