Autor: Pr. Ivo Lídio Köhn
Medo trata-se de uma emoção natural do ser humano. O medo atua como um aliado, protegendo-nos e funcionando como um sinalizador para precaução contra perigos reais. Se procurarmos nos livros e estudos de Psicologia, encontraremos inúmeras conceituações sobre esta emoção, entre elas, a de que o medo é resultante de uma ameaça à rotina da existência. Fobia é uma espécie de medo acentuado, excessivo, desmedido, na presença ou previsão de encontro com o objeto ou situação que causa ansiedade em um grau elevadíssimo.
Crescemos ouvindo que é feio sentir medo. Por isso, tantas pessoas têm dificuldade em falar ou expressar seus medos. Elas se consideram fracas, evitando ao máximo que os outros descubram o que elas sentem. E, ao contrário, o medo é uma emoção natural do ser humano. Não dá para imaginar nossa vida sem que em algum momento nós não tenhamos nos deparado com ele. O medo nos protege. A própria sobrevivência da espécie ocorreu por ter, como aliado, o medo. Frente às ações e objetivos a serem alcançados o medo atua como regulador da inteligência que é estimulada no sentido da melhor escolha, visando evitar o fracasso das metas estipuladas.
Há dias em que estamos cheios de coragem e até desafiadores. Em outros, com o emocional abalado por um problema qualquer, somos a fragilidade personificada diante do mínimo contratempo. Geralmente é nesses momentos que o medo toma vulto, as angústias, frustrações, incertezas se apossam de nós – e todo o negativo interior existente vem à tona.
Vale aqui uma comparação. Há pessoas que têm medo de contrair doenças incuráveis. Num momento de maior fraqueza física ou emocional, esse medo se avoluma de tal forma que elas passam a sentir os sintomas da doença simplesmente porque estão com dor de cabeça. Mas, quando o físico e o psíquico estão bem, nada atrapalha a vida. Tudo é superado com a maior facilidade. O mesmo ocorre com o medo.
Há também os que se escondem atrás do medo, justificando com isso sua inércia e comodismo por faltar-lhes garra e coragem para enfrentar os desafios da vida. Alguns casos têm atenuantes: problemas físicos, psíquicos e emocionais. Mas grande número de pessoas não trabalha seu medo para não se desinstalar da posição conquistada. Sair do comodismo requer luta, e é bem mais fácil esconder-se atrás de uma justificativa do que desacomodar-se.
Em 1. João 4.18 lemos: “No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo”. Aqui encontramos a solução para o medo e as fobias exageradas da vida. Uma criança criada num clima de amor, que se sente amada e desejada, será uma criança tranqüila, segura, com uma auto-estima saudável. Isso produzirá um adolescente e um jovem equilibrado que possuirão autocontrole e saberão enfrentar seus medos para que não se transformem em fobias. Quando adultos terão a maturidade que a vida requer. Junto a esse amor humano soma-se o amor divino. As pessoas que possuem o amor de Deus em seu coração estarão seguras porque confiam nas palavras do bom pastor em João 10.27-28: ” As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão”.
Pastor Ivo Lídio Köhn