Autor: Pr. Ivo Lídio Köhn
Recordo-me dos tempos da infância, quando a mãe chegava à minha cama, à noite, e me ensinava as orações que ela havia aprendido de seus pais. Embora não entendesse perfeitamente o que significavam, sentia uma profunda reverência perante esse Deus a quem eram dirigidas. Durante muito tempo era a única forma de me relacionar com o Eterno, mas depois da entrega e consagração da minha vida ao Senhor, comecei a orar de coração, como se estivesse conversando com o Pai celeste.
Aprendi logo que as orações eram a minha forma de expressar-me perante o Pai e experimentei o que diz em Salmos 34.15: ”Os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos ao seu clamor”. Aprendi também que, ao ler as Escrituras Sagradas Deus estava expressando sua vontade à minha vida conforme João 5. 39: ”Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim”.
Não demorou muito e pude perceber que deveria orar sempre como meu Salvador e Senhor o fez lá no Jardim do Getsêmane: “Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres”. (Mateus 26.39b). Também percebi bem depressa que não sabia orar e que necessitava aprender como os discípulos quando disseram ao Mestre: “De uma feita, estava Jesus orando em certo lugar; quando terminou, um dos seus discípulos lhe pediu: Senhor ensina-nos a orar…”(Lucas 11.1ª)
Nem sempre Deus diz: “SIM!” às minhas orações, principalmente quando são egoístas e visam apenas a satisfação dos meus desejos carnais. Para que não fosse prejudicado e outros, Ele não atendeu a essas orações.
Quando eu ainda não estava preparado e maduro suficientemente para aquilo que lhe pedia, Ele fez-me esperar um pouco para testar a minha fé, a minha perseverança. Só quando bateu a hora no Seu relógio Ele atendeu minhas orações.
De forma alguma devemos permitir que nossa ligação com Deus através do canal da oração seja interrompida. E ela pode ser interrompida? Pode, sim. O pecado obstrui essa ligação e interrompe o contato com a fonte de toda bênção. Por isso necessitamos fazer o que Jesus recomendou aos seus discípulos no Getsêmane, quando não puderam vigiar com Ele em oração: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação, o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” (Mateus 26.41).
Quanto mais intensa for a nossa vida de oração, maior será a nossa proximidade com Deus, a nossa vitória. Por isso não podemos e não devemos parar de orar, mas prosseguir sempre, “ em espírito e verdade” como Jesus disse à mulher samaritana em João 4. 23.
Quero lembrar aos nossos leitores membros que na última assembléia da IECB em Linha XV de novembro, Santa Rosa, assumimos o compromisso de orarmos uns pelos outros e pela Igreja toda sempre nas quartas-feiras, das 7h às 8h da manhã. Prossigamos em fazer isso, assim conheceremos melhor ao Senhor e todos seremos abençoados e cresceremos no conhecimento da verdade.
Pastor Ivo Lídio Köhn – Presidente