Autor: Pr. Ivo Lídio Köhn
Embora nenhum de seus filhos “pinte” para delinqüente, é necessário ter presente que a violência pouco a pouco entra nos lares. Por exemplo, você sabia que 25 por cento das garotas nos Estados Unidos são agredidas por seus namorados e o que é pior, a maioria delas acredita que isto é normal? Ao escutar notícias lamentáveis como estas e pensar em tudo o que acontece no mundo, não se pode deixar de perguntar: “Quem pode ser capaz de semelhante barbaridade? Em que coração humano cabe tanta frieza? Quem pode ser capaz de tanta violência?
Desafortunadamente, esta é uma realidade que é vivida em todos os lugares, que afeta a todos, e de muitas maneiras. É verdade que a violência sempre existiu, mas o mais perigoso agora, é que começa a ser tolerada, a ser aceita como inevitável: sem ir muito longe, seria anormal encontrar um filme onde as balas, o sexo deliberado e a crua violência não fizessem sua aparição; ou algum semanário ou jornal onde não seja uma notícia policial a que estampa a primeira página. Entretanto, o homem não é feito para a guerra, é feito para a paz.
E isto pode ser assegurado porque a história nos demonstra que o homem que vive na violência se autodestrói. O difícil e complicado do tema é que a paz não se dá instantaneamente nem por mandato, não se obtém sem esforço, nem se compra ou pede emprestada: a paz tem que nascer do coração de cada ser humano. E se não há paz no coração, como pode haver paz em um povo, em uma nação, no mundo?
É por isso, que manter a paz é uma obrigação primária para todos, mas em especial dos pais, pois é no lar onde se aprende a viver e construir a paz; é ali onde os pais têm a enorme responsabilidade de ensinar aos filhos a maneira de comportar-se, de tratar aos demais e de resolver os problemas. É incrível como até em uma pequena sociedade como a família, onde existe carinho entre seus membros, pode perder-se a paz. Não há dúvida de que a paz é algo muito frágil pela qual se deve trabalhar pacientemente todos os dias para conquistá-la. Mas antes de alcançar isto, tem-se primeiramente que ter claro como se vive a paz. Ao contrário do que muitos acreditam a paz não é a ausência da guerra, nem é somente o respeito aos outros. Quão fácil seria e também quão perigoso se os pais só tivessem que respeitar aos filhos para poder ter um lar cheio de paz: “Ah, sim, meu filho, se quiser ter seu quarto todo bagunçado, devo respeitá-lo”.
A paz se vive (1) ao ter um verdadeiro sentido de justiça e (2) quando não só se reconhecem os próprios direitos, mas também os dos demais. (3) Se for reconhecida a dignidade de seus filhos como pessoas. Muitas vezes ao vê-los pequenos, alguns pais se aproveitam deles e cometem verdadeiros abusos de autoridade. (4) Ao ensinar aos filhos a distinguir entre o bem e o mal, ao formar neles uma consciência reta, toda a vez que se trabalha pela paz.
Buscar o bem pessoal e o dos demais é justamente o que traz como conseqüência a paz. A paz é o resultado de muitas atitudes, todas estas fundamentadas precisamente na caridade, não entendida como esmola, mas como amor: “Quando a caridade domina, a humanidade se engrandece. Quando o egoísmo reina, a humanidade se rebaixa“. Que responsabilidade tem os pais de ensinar esta virtude aos filhos! Em suas mãos está que haja sociedades justas e pacíficas.
É indispensável que os pais conheçam a paz de Cristo, o Príncipe da Paz, e a tenham em seus corações, pois Ele prometeu: “Deixo-vos a minha paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”. (João 14.27)
Pastor Ivo Lidio Köhn