Parentes

Autor: Pr. Ivo Lidio Köhn

Segundo a Enciclopédia Wikipédia, parentesco é a relação que une duas ou mais pessoas por vínculos de sangue (descendência/ascendência) ou sociais (sobretudo pelo casamento). O parentesco estabelecido mediante um ancestral em comum é chamado parentesco consangüíneo, enquanto que o criado pelo casamento e outras relações sociais recebe o nome de parentesco por afinidade . Chama-se de parentesco em linha reta quando as pessoas descendem umas das outras diretamente (filho, neto, bisneto, trineto, tataraneto, etc), e parentesco colateral quando as pessoas não descendem uma das outras, mas possuem um ancestral em comum (tios, primos, etc).

Quando alguém entra no estado do matrimônio a família de cada um torna-se também a família do outro. O casamento é a união de duas famílias. Costumo alertar os noivos na cerimônia de casamento que, se quiserem poupar-se problemas, cada um respeite a família do outro. Cada um pode falar negativamente apenas da sua própria origem e não da do outro, para evitar o risco de machucar o seu cônjuge. Um cuidado que o casal precisa tomar é de manter o eqüilíbrio na valorização das famílias: que não se envolvam 90% com uma família e apenas 10% com a outra; mesmo que as diferenças entre as duas sejam muito grandes.

Quando um lado é crente e o outro lado dos parentes é descrente o relacionamento torna-se mais difícil. Nesse caso cabe ao lado crente ser “sal da terra” e “luz do mundo” ou seja, dar o seu testemunho de vida para ganhar o lado descrente para as coisas de Deus. Segundo a palavra de Deus em 2. Cor 6.14 um casamento misto não deveria acontecer :”Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade: Ou que comunhão, da luz com as trevas?” Mas caso aconteça, ou mesmo quando um dos cônjuges se converte e o outro não, o crente sempre precisa influenciar positivamente o outro, conforme 1. Co 7.14:”Porque o marido incrédulo é santificado no convívio da esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido crente”. Isso se extende e aplica também aos parentes. A família de cada um dos cônjuges deve ser para ele a família mais bonita do mundo, a melhor família do mundo,  apesar de seus defeitos, pois caso contrário não será digno de pertencer a ela.

Outro detalhe importante nessa questão de parentesco é que o casal não permita a interferência dos parentes, seja de que grau for, na sua vida e estrutura familiar. Eles que cuidem da sua própria vida e varrem no seu próprio terreno. Conselhos quando solicitados sempre serão bem vindos, mas cada casal precisa aprender a erguer a sua casa e nesse processo os acertos e êrros fazem parte e tem seu propósito.

A família cristã, além do parentesco sangüineo, possui ainda um outro tipo de parentes, a família da fé. A ela Jesus referiu-se em suas palavras em Mc 3.33-35:”Então, ele lhes respondeu, dizendo: Quem é minha mãe e meus irmãos? E, correndo o olhar pelos que estavam assentados ao redor, disse: Eis minha mãe e meus irmãos. Portanto, qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe”. O que nos une nessa família é a fé em Jesus Cristo e não os laços sangüineos conformeJoão 1.12: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome.” Você já pertence a essa família e tem parentes no mundo inteiro?

O marido você escolhe; a esposa você conquista, mas os parentes você aceita. Ninguém muda ninguém. Somente mudamos a nós mesmos e quando conseguimos isso com a graça de Deus estaremos motivando os outros a consegui-lo também. Se quiseres ter parentes simpáticos, carinhosos e de fácil relacionamento, seja você simpático, carinhoso e de fácil trato.

Pastor Ivo Lídio Köhn