Autor: Pr. Ivo Lídio Köhn
Uma das coisas mais certas em nossa trajetória terrena é a morte. A Bíblia é muito clara em dizer que “O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6.23). Da morte física ninguém está isento, mas da segunda morte, a morte eterna, os crentes escaparão, porque pela fé em Cristo Jesus receberam a vida eterna conforme Jo 3.36: “Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus”.
Sou grato aos meus pais que me levaram já como criança de 4 anos, num velório de um segundo vizinho nosso (essa imagem gravou-se na minha mente) e depois a outros. Assim fui tomando contato com a realidade da morte muito cedo. Quando minha tia, que morava conosco, faleceu já possuía uma estrutura emocional preparada para o fato. Claro que me abalei, mas não era mais um fato novo. O medo e terror da morte perdi somente quando aceitei Jesus como meu Salvador e Senhor anos mais tarde, já no Seminário. Os pais devem falar com seus filhos a esse respeito e explicar a morte a eles; a melhor oportunidade é um velório.
Os pais precisam explicar aos filhos que a morte é inevitável; que todos vão morrer um dia, mas que ela não é o fim de tudo. Para os que têm Jesus no coração e crêem nele a morte é tão somente um portal de passagem desta pátria para uma pátria melhor, onde Jesus nos espera. Explicar que Jesus venceu a morte ao ressuscitar na manhã da Páscoa e por isso podemos confiar nas palavras de 1 Co 15. 54, 55, 57: “Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo”.
Quando alguém morre em conseqüência dos seus vícios, os pais têm excelente oportunidade de alertar seus filhos sobre o perigo dos vícios mostrando que eles escravizam e levam mais cedo para a morte. Claro que devem dar também seu próprio exemplo de vida nesse sentido, senão as explicações não trarão resultados, pois o que somos fala mais alto do que o que falamos.
Quando a morte chega como conseqüência de acidentes os pais podem mostrar a importância dos filhos cuidarem e observarem os sinais de trânsito, a necessidade de cautela ao atravessar a rua. Podem alertá-los de não correrem demais com seus meios de transporte, que mais vale perder um minuto na vida do que a vida num minuto. Podem mostrar como é importante sempre concentrar-se e estar atento no que estão fazendo.
Quando alguém se suicida, tira a própria vida os pais devem mostrar aos filhos que isso não se faz, que Deus é doador da vida e somente Ele tem o direito de tirá-la. É boa oportunidade de esclarecê-los sobre a depressão e motivá-los a procurarem orientações e desabafarem com alguém de confiança quando se encontrarem em situações difíceis.
Quando a morte chega e leva o vovô ou a vovó já em idade avançada, os pais podem falar aos filhos do exemplo de vida que eles foram, das lições importantes que deixaram e do lugar para onde foram.
O que os pais não podem negligenciar é levar os filhos a aceitarem a Jesus como seu Salvador pessoal e entregar sua vida a Ele, para que seja seu Senhor. Assim, quando a morte chegar estarão consolados e poderá consolar a outros pois conhecerão aquele que disse: “ Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá eternamente.” (João 11.25-26)
Pastor Ivo Lídio Köhn