Autor: Pr. Ivo L. Köhn
Quando um rapaz e uma moça entram na fase do noivado seus pensamentos já se voltam para o casamento e as famílias iniciam os preparativos para o mesmo.
Uma das primeiras preocupações é a moradia, a casa onde o casal vai morar e edificar seu lar. Desaconselho a morarem com os pais ou sogros, porque isso lhes priva a liberdade de desenvolver o seu estilo de lar e construir sua vida própria. Os dois podem até trabalhar e morar junto com os pais ou sogros, mas em casas separadas. O ideal, entretanto, é que residam mais afastados, para que possam enfrentar e superar as crises de adaptação sem a intervenção ou influência de nenhum lado das famílias. Que o casal possa desejar em primeiro lugar a proximidade de Jesus, como os discípulos de Emaús: “Fica conosco… E entrou para ficar com eles.”(Lucas 24.29)
A modernidade facilitou o acesso às mobílias e coisas necessárias para a casa e são raros os casais que iniciam a vida a dois sem terem sua casa mobiliada com conforto. Bem diferente como seus pais ou avós uma vez começaram. Importante, porém, é que o casal permaneça dentro de suas possibilidades financeiras, para evitar dívidas extremas, as quais podem prejudicar seu futuro relacionamento.
Quem reside na cidade deveria estudar a aquisição da casa própria, para livrar-se do aluguel, mas investir esse valor em patrimônio próprio. Existem linhas de crédito pelo governo e acessíveis, especialmente à classe operária.
Nem sempre é seu tamanho, seus enfeites arquitetônicos ou os valores gastos na sua aquisição ou construção, que fazem da casa um palácio, mas a satisfação e alegria de vida dos que nela residem. O casal deve avaliar as necessidades e possibilidades quando planeja sua casa. Tenho visto mansões muito lindas serem habitadas por casais infelizes e também casas simples e humildes com moradores felizes e satisfeitos.
Um outro ponto interessante é a localização da casa. Havendo possibilidades, que seja adquirida ou construída próximo da Igreja, do trabalho e do comércio. Ou que seja pelo menos localizada perto de um terminal de ônibus que permita um melhor e mais fácil deslocamento, principalmente para os que não tem carro.
A meu ver a casa é o reino da esposa e o marido jamais deveria adquirir móveis ou trocar móveis, mudar decorações sem a opinião e o consentimento da esposa. Ela precisa reinar nesse seu reino, para que ali se sinta bem e possa fazer os seus sentir-se à vontade. É lógico que a esposa deve permanecer sempre no orçamento da família e contar em qualquer gasto ou alterações no lar com o consentimento do marido.
Para manter a casa aconchegante e sempre em ordem o marido pode e deve cooperar com a esposa. Um deve auxiliar ao outro como prova e demonstração de amor e carinho. Não é nenhuma humilhação para o homem auxiliar nas tarefas domésticas: dar banho nas crianças, colocá-las na cama, fazer mamadeira, trocar fraldas ou outras tarefas mais.
Recomendo aos que pensam em casar que lutem para ter o “seu cantinho”, o “seu ninho de amor”, por menor e simples que seja no princípio. Será muito mais saudável e poupará o casal e também seus pais de constrangimentos e sofrimentos desnecessários. As circunstâncias, às vezes, obrigam certos casais a permanecer no início com pais ou sogros, mas que então seja apenas temporariamente.
A sua casa precisa ser seu refúgio, abrigo seguro e na ausência de Jesus, pode facilmente transformar-se num pedaço do inferno; porém, com Jesus sua casa, seu lar pode converter-se no lar mais bonito da face da terra, num pedaço do paraíso. É o que desejo, de coração, a cada casal que lê esse artigo! Que cada casal possa dizer com Josué: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor!” (Josué 24.15)
Pastor Ivo Lídio Köhn